quinta-feira, 29 de abril de 2010

8 parte

Não posso acreditar.
- Eu não quero sair de sorocaba! - fui muito sincera, eu realmente não quero ir para São Paulo, quero ficar onde estou agora. Ainda mais que faz uma semana que as aulas começaram, mal começou o primeiro bimestre! E o que nós vamos fazer lá? - não pode ser mãe...
- Sabe o que é, Penny... - ela nunca me chama de Penny, só quando está com medo - apareceram vários clientes pedindo para eu decorar casas em São Paulo, no bairro Jardim Europa, o bairro mais rico de lá.
- Você poderia recusar!
- Filha, você não entende...
- Entendo! - mal consegui deixar ela terminar de falar, e ainda virei as costas e subi desesperadamente as escadas. Bati tão forte a porta do quarto que até fiquei com medo. Escorreguei na parede até chegar no chão. Uma lágrima caiu do meu rosto e eu pensei: "eu tenho que aceitar isso". Eu só tentava pensar nisso, mas vinha na minha cabeça a escola, os amigos, o meu passado que eu ia deixar, tudo bem que meus familiares estão em São Paulo, e minha mãe já estava quarendo se mudar para lá faz tempo, mas sabe, não dá. Fui colocar alguma música para ver se conseguia relaxar um pouco, mas parece que tudo estava triste, pois a primeira música que entrou em aleatório foi You Found Me do The Fray, e depois ela acabou foi para The Reason do Hoobastank. Quando esta acabou decidi descer e pedir desculpas a minha mãe. Mas quando desci foi pior ainda.
Minha mãe estava guardando numa terceira caixa os pequenos moveis da sala.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

7 parte

- Ah, oi, posso ajuda-la?
- Eu só que quero saber umas coisas sobre o Lucas - parecia até que ela se interessava realmente por ele.
- Pode entrar - estiquei os braços para dentro da casa, como se eu estivesse apresentando a ela. Ela entrou e se sentou no sofá onde larguei meus materiais.
Ela perguntou muitas coisas sobre ele, principalmente quanto tempo eu conhecia, eu não sabia responder, por isso disse: "o suficiente". Finalmente, depois de meia hora, ela se despediu e saiu. Peguei meus materiais, subi as escadas, entrei em meu quarto, que era grande e bonito porque minha mãe era decoradora, larguei meus materiais no chão e fui colocar uma música, Maneater da Nelly Furtado, alto o bastante para escutar no banho. Não vivo sem música, sem meu iPhone e sem meu ampliador de som. Quando sai do banho já estava em outra música, Girls do Pitbull. Me troquei, e quando fui no banheiro para secar meu cabelo vi que o gabinete estava todo bagunçado, então resolvi arrumar. Depois de um tempo a música trocou para Monster da Lady Gaga. Havia um monte de coisas dentro daquele gabinete, até cremes vencidos. Quando acabou Monster começou Dancing With Tears In My Eyes da Ke$ha, eu amo esta música mesmo ela sendo ela sendo muito triste. Depois de uns quarenta minutos, terminei de arrumar e fui ligar meu computador porque não tinha lição quando ouvi o barulho da porta fechando. Era minha mãe. Parei a música e fui desci as escadas correndo para dar um beijo na minha mãe:
- Oi, mãe - beijei-a.
- Olá, filha. Tenho uma noticia, não sei se são boas ou não.
- Qual? Diga logo, não enrole.
- Esta bom, vou falar. Nós vamos ter que se mudar para São Paulo.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

6 parte

Ao chegar na escola peguei minha bolsa e meu fichário, e fui logo procurar o Lucas, que era um vizinho meu que estudava no rosário também, eu era bem amiga dele, ele era legal. Fiquei rodeando o pátio coberto, pois no descoberto não tinha ninguém, porque era proibido. Depois de um certo tempo, achei-o. Estava tão agitada que sai correndo, ele até estranhou:
- Você vai comigo?- perguntei, fazia tempo que eu não ai com ele a pé para casa.
- Vou, mas posso levar uma amiga? Ela mora na casa que fica entre as nossas, essa sim é sua vizinha!- nós rimos.
- Claro, só vai logo, não vejo a hora de chegar em casa.- fiz uma cara de ansiedade.
- Está tudo bem? Nunca te vi desse jeito.
Fiquei vermelha.
- Está tudo ótimo- menti - vai achar sua amiga - empurrei-o, tentando trocar de assunto.
- Luara. - ele disse.
- Vai buscar Luara - rimos, e foi procura-la.
Enquanto ele se foi, eu fiquei refletindo um pouco. Mas que diabos foi isso de Gabriel Guimarães me pedir desculpas? Eu achei que ele estivesse orgulhoso, ou sei la, qualquer coisa em vez de triste e carente, sabe eu estou triste mas não quero voltar a ter esse compromisso com ele, não por enquanto, eu acho. Enquanto ia pensando, Lucas voltou com uma menina linda, branca que nem neve, com olhos cinza, e um cabelo que nunca vi, tão lindo, de um ondulado meio cachiado, preto. Realmente a branca de neve com cabelos longos:
-Pennelope, Luara. Luara, Pennelope. Vamos? - disse Lucas.
- Já vamos tarde. - comentei eu e saimos andando.
Nossas casas não eram tão longe da escola, era só andar três quarteirões para baixo e virar há direita, passar quatro casas, em seguida a minha, depois da novata Luara, terminando com a de Lucas. No caminho, como sempre, Lucas não parava de falar, na verdade, ele fala demais. Algumas coisas são interessantes, mas tem outras que eu prefiro nem prestar atenção, mas ele é um bom menino. Nos conhecemos faz bastante tempo, desde de pequenos. Pois nós moramos naquela casa faz tempo, então nossas mães se conhecem, só que nunca tivemos uma amizade tão grande. Eu percebi que ele era totalmente gamado em Luara, ela não dá a mínima para ele, coitado. Tudo bem que Lucas não é tão bonito, não é o bastante para ela, Danilos Seces que é, um moreno de olhos azuis, quem olha se apaixona, e ele fica na sala a frente a dela, então ela já deve ter visto. Bom com toda a conversa que Lucas teve e eu fiquei pensando até chegarmos em casa:
- Ah, tchau gente - disse eu.
- Tchau, é um prazer em conhece-la - vi nos olhos de Luara que ela via algo mais em mim. Quando fui dar um beijo em sua bochecha, senti seu cheiro, era de uma coisa limpa, tão sedosa que quis abraça-la, mas iria ficar muito exagerado.
- Seu cheiro é muito bom - elogiei.
- Obrigada - meu deus, daonde vinha aquele cheiro perfeito? Deixei pra lá o assunto e fui me despedir de Lucas.
- Tchau Lucas - beijei-o na bochecha.
- Tchau Penny.
Fui caminhando para a porta, e vi os dois se despedindo para entrarem em suas casas. Ao fechar a porta de casa, eu suspirei. Deixei meu materiais no sofa e fui a cozinha, peguei um suco, derramei ao copo e dei um gole. O único gole que conseguir dar até tocarem a campanhia, tomei um susto, estava tão destraida. Fui atender a porta, do modo mais desanimado. Ao abrir, me deparo com uma coisa inesperada:
- Olá, Pennelope - disse Luara sorrindo.

sábado, 6 de março de 2010

5 parte

Eu parei. E ele continuou andando, depois de alguns passos percebeu o meu choque. Ele voltou correndo e disse:

- Não queria chatea-la - ele foi sincero, extremamente sincero. Eu estava olhando para o nada, e não conseguia soltar uma palavra. Eu refleti por um tempo.

- Por que? - foi a única coisa que consegui falar. Por que ele estava fazendo isso comigo, não tem sentido. Um dia ele vai me deixar louca.

- Por que?! Por que eu já não estou mais aguentando ver você desse jeito. Não aguento mais ver eu desse jeito! - uma lágrima caiu do meu rosto.

- Me desculpe - continuou ele.

- Não tudo bem - eu limpei meu rosto. A única coisa que eu queria era sair dali - Vamos.

Ele não demorou tanto para me acompanhar. Eu não tive palavras até a mesa, e se ele não tivesse falado aquilo, concerteza iriamos se sentar mais perto, não totalmente perto, mas perto o bastante para conversar. Mas não, nós nos sentamos mais longe ainda, pois chegaram mais pessoas e a mesa aumentou, então ele se sentou o mais distante possivel. Senti que isso piorou as coisas, não o fato de ele se desculpar, mas o fato de eu ter chorado e ficado quieta. Ao chegar todos, com a mesma bandeja abrir os lanches e perceberem que só eu e Gabriel estarem com batatas na mesa, comecaram as perguntas:

- Por que só vocês estão com batatas? - perguntou Lana, com aquela cara de "você avançou demais, vai devagar!"

- Ele me chamou, e eu fui acompanha-lo, gentilmente. - menti, ele me deu uma meia cantada.

Foi um almoço no qual, tiveram varias conversas nada interessantes. Tudo normal, e foi bem rápido, nem percebi que quando tinha acabado minha batata, varias pessoas tembém estavam terminando o lanche, e Gabriel também ja tinha terminado sua batata.
Ao irmos em bora, um bando enorme de gente, umas 20 pessoas, foi de chamar atenção. Quando saimos do shopping, todos comecaram a se despedir, mas Gabriel nem sequer veio perto de mim. Mas ele só veio quando todos ja estivessem mais a frente. Ele ficou parado, e eu fui até ele.
- Eu te desculpo - falei para ele, e continuei andando. Olhei por cima dos ombros, e vi sua cara de conquista, ele ficou um bom tempo parado e continuou. Senti que fiz a coisa certa.

quinta-feira, 4 de março de 2010

4 parte

- Ah... oi. - estava totalmente sem graça, pois o que deu neste menino? Em um dia ele mal olha pra mim.... e no dia seguinte começa a conversar comigo como se nada estivesse acontecendo? Tinha algo muito estranho nisso.
- Onde vai pegar seu almoço? - ele me perguntou gentilmente.
- No Mc de sempre. - pelo menos dessa vez fui sincera.
- Por que não muda um pouco? Posso acompanhar você. - a meu deus. Ele quer pegar o almoço comigo? Só pode estar de brincadeira.
- O que está pensando em pegar?
- Acho que Backed Potato. - tinha me esquecido das batatas maravilhosas que eles faziam, só dele falar me deu uma vontade de sair correndo para lá.
- Ótima idéia! Eu adoro batatas!
- Vamos - ele aponhou a mão em minhas costas, não me senti nada confortável.
Chegando lá, havia uma moça loira de olhos azuis. Ela era realmente linda, nenhum homem não olharia para ela. Então me senti pior ainda quando ele não olhou para ela, ele simplesmente ficou me olhando... e pediu para escolher e pedir, que logo depois ele pediria. Ela me olhou com um desprezo tão grande, que fiquei até com medo de ela ousar colocar alguma coisa em minhas batatas.
- Acho que vou querer a normal, só com requeijão - eu pedi a mais simples para não correr o risco - e vou beber uma Coca.
- Eu vou querer a com requeijão, quejo cheedar e bacom - nem para pedir a comida ele olhava para a cara dela, e pudi ver ela ficando vermelha que nem um pimentão. - e uma Coca também.
- Ok, já vou trazer. - ela saiu rabujenta, concerteza com uma vontade gigante de me matar.
- Então Penny - ah, ele dizia meu nome de um modo tão lindo - fazia tempo que nós não ficavamos sozinhos né? Tendo uma conversa normal.
- É... - eu fiquei meia timida, pois se tagarelace demais eu iria chorar.
- Não fique assim, não quero mais ser um estranho para você, o que eu mais quero é ser seu amigo. - as batatas chegaram, e a jovem ficou mais irritada ainda quando me viu tão próxima dele. Ele era alto, devia ter 1,87 metros, pois tinha que me aproximar dele para conseguir dizer alguma coisa. Olhei para ela, e me afastei, de um modo que ele percebeu e sentiu bem. Ele pegou a bandeja que tinham as duas batatas e bebidas me deu o dinheiro e me esperou um pouco mais a frente.
- Eu sinto muito pelo o que aconteceu conosco - ele continuou - por isso vim aqui pedir desculpas a você.

quarta-feira, 3 de março de 2010

3 parte

Monica se sentou a minha frente, e percebi que ela seria muito minha amiga... Mas sentia que ela era diferente, tinha algo que a mudava de todas as pessoas. Só que acho que todas as pessoas tem algo diferente, mas Monica é muito mais que isso, ela era tão grandiosa:
- Mas e aí, Penny? Você é nova aqui no Mérita? - ela me perguntou com uma ansiedade tão grande de que eu fosse nova, acho que é meio ruim ser nova desse jeito, mas pelo que eu saiba tinha uma outra menina nova, não me lembro o nome dela.... Acho que é Luavi, Luevi, alguma coisa com Lua.
- Não, eu já estou aqui desde de o pré. - ela pareceu ter ficado triste, mas acho que isso não iria estragar seu almoço no Shopping Santa Cruz.
- Ah, onde você mora?
- Eu sou vizinha do Lucas! Tem a casa dele, depois outra casa que eu não sei quem mora e depois sou eu. - acho que eu me animei demais ao falar do meu vizinho, mas sabe... eu gosto de vizinhos que estudam comigo.
- Essa casa que você não sabe quem é, mora a Luara. Um dia vou apresenta-la a você.
- Ok, vou cobrar! - nós rimos.
Eu senti que o resto das minhas amigas tinham ficado excluidas, pois eu percebi que eu tinha me aproximado demais na Nina, e elas estavam quietas. Nem quero saber o que elas estavam pensando, elas estavam fazendo uma cara nada agradável. Meu coração acelerou quando ouvi minha barriga roncando, normalmente ela nunca ronca de fome... mesmo que eu esteja com a tal da fome - mesmo assim é raro eu ter fome - olhei para Henrique de um modo esfomiado, que ele logo percebeu:
- Pessoal, e então... vamos comer? - todos concordaram, e saiu um batalhão de gente se espalhando pelo Shopping a procura de um lugar FastFood. Mas era obvio que todos foram direto para o Mc Donald's, inclusive eu.
Estava a caminho do Mc, e vejo um vulto pegar meu braço e virar. Era ele. Gabriel Guimarães.

terça-feira, 2 de março de 2010

2 parte

Não foi um almoço tão ruim. Foi até que, podemos dizer, legal. E sentei no meio de todo mundo, eu já conhecia todo mundo. Conversamos, rimos e comemos, mas Gabriel se sentou o mais longe possível de mim. Todos comentaram que ele estava excluído, mas eu não abri a boca para falar que era minha culpa. Pois ele é popular, eu sou um pouco... mas nem to num bom dia. Gabriela tinha sentado ao meu lado, era uma das minha melhores amigas:
- Peeeeenny, e ai amor?? Como foi hoje?
- Foi um dia normal, por que? Teria algo especial? - acho que a assustei, pois falei de uma maneira bem grossa.
- Nããão gata. Era só pra saber, mas então, como foi com ele? - ahh, ela era tão entusiasmada. Eu admirava muito as qualidades dela. Ela é uma menina que não tem igual.
- Foi a mesma babaquice de todos os dias.
- Pennelope Martins! Diga a verdade para mim.
- Mas é sério! Não consegui nenhum avanço hoje. - após o termino da frase, fiquei muito triste. Pois não aceito isso, não quero aceitar.
- Eii, Penny. Calma não fica assim.
- Ah, não dá pra não ficar assim. - estava quase chorando. - não preciso disso para mim, eu sei. Mas é disso que meu coração quer. já faz 1 mês que eu não falo direito com ele.
- Uma coisa: não pense nisso. - foi isso que comecei a fazer pensar em outra coisa. Mas acabei pensando em milk-shake, mas eu não queria tomar um, não queria tomar nada.
- Oi Penny... - dizia Carol toda alegre como sempre. - Trouxe uma menina nova para vir almoçar conosco.
- Ah tudo bem. Eu acho que sei quem é, uma tal de Monica Pezzi, estou certa?
- Certíssima! - Monica é uma menina linda, tem um cabelo loiro, cachiado, seus olhos eram azul. Realmente uma menina linda. Ela veio até mim, eu levantei para cumprimenta-la, ela me deu um beijo na bochecha e disse:
- Prazer, você é a Pennelope né?
- Penny, e você é a Monica?
- Nina - nós rimos e ela foi se sentar ao lado da Ca.